segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cassiano Branco (1897 – 1970)

Cassiano Viriato Branco nasceu em Lisboa na freguesia da Sé. Durante a escola primária conhece o futuro engenheiro Joaquim Ávila do Amaral, com quem no futuro, colaboraria em diversos projectos.

Casou aos 20 anos com Maria Elisa Soares Branco e dois anos mais tarde entra no curso de Arquitectura da Escola de Belas Artes de Lisboa. Aqui conheceu e privou com os maiores nomes da arquitectura portuguesa do seu tempo, aqueles que anos mais tarde escreveram o modernismo nas ruas e praças de Portugal: Pardal Monteiro, Jorge Segurado, Cristino da Silva, Carlos Ramos e Cottinelli Telmo Em 1925 e antes de concluir a licenciatura, viaja pela França, Bélgica, Holanda e Inglaterra e assiste em Paris no mesmo ano, à Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, epicentro do Art Déco, e que o viria a influenciar decisivamente. Regressa a Lisboa e conclui a licenciatura em Arquitectura em 1926.

Homem de espírito livre e irreverente, atravessou a vida profissional em permanente curto-circuito com o poder instituído. São conhecidas as suas divergências com Duarte Pacheco, edil lisboeta e Ministro das Obras Púbicas, e por isso poucas das anteriores levam o seu traço. Isto não o impediu de ser provavelmente, a personalidade mais marcante e inovadora do modernismo português e assim por aquele motivo, Lisboa pode contar com um conjunto vasto de prédios de concepção arquitectónica vanguardista com a sua assinatura, que influenciaram decididamente a arquitectura urbana corrente do seu tempo.

Em 1958 é detido pela PIDE por apoiar a candidatura do general Humberto Delgado.

Morre em Lisboa em 1970.

A sua obra é vasta principalmente a de carácter urbano residencial e o seu período mais prolífico e interessante na perspectiva modernista, corresponde ao intervalo 1932 – 1938. Nos Itinerários Modernistas vários são os prédios de rendimento mencionados. Aqui destacaremos apenas as suas obras mais paradigmáticas, a saber:
  • Projecto do Cinema Éden, Lisboa (1931/32);
  • Moradias na Av. António José de Almeida, Lisboa (1933);
  • Hotel Vitória, Lisboa (1934);
  • Coliseu do Porto (1941);
  • Hotel Britania, Lisboa (1943);
  • Cinema Império, Lisboa (1947);
  • Portugal dos Pequeninos, Coimbra (1949);
  • Cinema Império, Lisboa (1952).

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